UFRB – Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia
Discente: Wilson Oliveira Badaró
Cachoeira, Bahia segunda-feira
19/04/2010
CARDOSO, Ciro. Será a história uma
ciência? in: Uma Introdução à História. 6ª Edição. Ed. Brasiliense, 1986.
Fichamento de História - Será a História uma ciência?
Página
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Fichamento
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07
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Ø
Segundo o
neopositivista Karl Popper, só nas ciências formais é possível provar-se com
certeza integral algo, sendo que acordando com este ponto de vista as
ciências factuais se opõem as formais, pois, as formais são passíveis de
refutação e as factuais não.
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08
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Ø
Patterson diz que a
teoria da evolução é História, pois, é processo único que não se repete ou
reproduz, assim sendo não se pode verificar ou comprovar.
Ø
A teoria da evolução
nem é ciência, nem é não ciência como a História, sendo que esta ultima nem é
e nem nunca será ciência segundo Patterson.
Ø
O marxismo intervém
pela Historia como uma ciência.
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09
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Ø
O marxismo parte das
ciências sociais para encontrar analogias entre as ciências naturais e a História.
Ø
Separação entre
realidade histórica e a interpretação.
Ø
A lei marxista junto à
economia e a sociologia devem tornar a História em ciência.
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Ø
A história, diferente
da sociologia que dispõe de leis, é irreproduzível. A História é idiográfica.
Ø
A História não pode
garantir suas fontes, porque não é ciência e busca seu conhecimento no
indivíduo. (Granger)
Ø
História científica
em partes, caótica em sua totalidade segundo Veyne.
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Ø
O historiador não
distingue a porção cientifica realmente válida do resto desnecessário.
Ø
Aqui segundo Bloch,
Granger, Jaeglé, Roubaud e Patterson torna-se evidente a postura contrária
das diversas correntes científicas quanto a História científica.
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Ø
Não há barreiras para
a História tornar-se ciência, pois, este processo está em curso.
Ø
Segundo Vilar a
História é uma ciência em construção.
Ø
As diferentes formas
de obtenção do conhecimento e seus métodos.
Ø
A verdade como base
do conhecimento científico.
Ø
Para milhões, Deus
também é verdade.
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Ø
Critérios não
científicos de atestar a verdade.
Ø
A ciência não usa os
critérios supramencionados. Ela prova sua objetividade com experiências e
comparações.
Ø
A ciência é falível.
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Ø
Mesmo com todas as
suas etapas de confirmação, as soluções expostas foram heterogêneas.
Ø
A problemática do
conhecimento científico situa-se em suas divergências entre o prático
experimental e o teórico.
Ø
A filosofia da
ciência peca ao tentar unificar teoria e experimento ou ainda sobrepujar um
sobre o outro.
Ø
A ciência em duas
fases; a falível e a verdadeira, mas, mutável.
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15
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Ø
A ciência indutiva de
Bacon e a dedutível de Descartes.
Ø
Descartes afirma; que
só a indução dissimula, mas, a indução junto à dedução funciona.
Ø
A dedução racional
explica e complementa a indução. Afirma ainda a viabilidade da lógica das
probabilidades.
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Ø
A intuição
teórico-criativa não é subordinada à experiência.
Ø
J. Locke diz que a
ciência só se faz com experiências intuitivas. A intuição é a base da
ciência, pois, provam a razão.
Ø
O desenvolvimento da
ciência barrado pela inflexibilidade da filosofia da ciência que refutava o
valor das hipóteses e probabilidades.
Ø
Desenvolvimento da
teoria e experimento com base nas probabilidades estatísticas.
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Ø
A comparação do
modelo ante os fatos observados geram melhorias nos resultados finais.
Ø
Dados antigos dispõem
de certa veracidade, e não são expurgados da ciência, mas, absorvidos e
incluídos nas novas descobertas.
Ø
Tanto o objeto global
do conhecimento, como suas ramificações são infinitos, logo o conhecimento per se e suas parciais também são
infindáveis quando inerentes a estes objetos.
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Ø
Não há sentido em
buscar a verdade cientifica definitiva desde a segunda metade do século XIX.
Ø
As características
parciais, da realidade, verdade, teorias e descobertas levam a ciência ao
neopositivismo.
Ø
Dados empíricos como
base do conhecimento apoiados na validade da teoria.
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Ø
O neopositivismo
tenciona ser a filosofia da nova ciência atribuindo a tudo feito no passado o
titulo de metafísico, radicalizando o uso do empirismo. Não sendo comprovado
empiricamente, torna-se “metafísica estéril.”
Ø
Trocam-se a busca por
leis pela busca das teorias cientificas, através da indução, ou por vezes a
revés, invalidado a indução.
Ø
A ciência e a
filosofia das ciências (A. Comte)
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Ø
A filosofia dentro da
ciência perde seu caráter pedagógico e torna-se metafísica.
Ø
O conhecimento científico,
como dado, não dispõe de características filosóficas, mas, sua pesquisa sim.
Ø
Mario Bunge diz; “A
mera noção dos fatos e suas adequações oriundas do trabalho cientifico
confirma que eles existem objetivamente, e que só verdades formais independem
deles.” E aqui seguem mais quatro citações acerca da postura oposta das
afirmações de Mario Bunge quanto à corrente filosófica que afirma que os
objetos reais independem do sujeito cognoscente.
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Ø
Seguindo as citações
de Mario Bunge aqui temos mais cinco citações inerentes ao assunto
supramencionado.
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Ø
O Ontológico; afirma
a determinação das coisas e acontecimentos epistemológicos; possibilidade de
conhecer os fatos e seus esquemas sendo o primeiro dito pelos neopositivistas
como metafísico.
Ø
O determinismo
ontológico advém da física newtoniana, refutado pela física quântica com
efeito após 1930.
Ø
Nota-se porem, que o
determinismo ontológico esta inserido na ciência quando a pesquisa está
condicionada à busca e ampliação de leis limitadas às leis da lógica.
Ø
De acordo com o
marxismo, a criação da ciência leva à idéia de submissão da teoria ao
empírico e/ou a revés, bem como a separação do conhecimento científico dos
meios de atividade e saber humanos.
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Ø
O conhecimento
científico como parte da atividade humana em âmbito social e histórico.
Ø
O conhecimento surge
através da transformação do homem e seu meio, através da labuta, sendo
impossível considerar a ciência sem também avaliar as condições
histórico-sociais de dada época e suas relações.
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Ø
De acordo com as
correntes do conhecimento científico e metodológico, os marxistas associam os
métodos opostos do social e do natural evitando assim embates infrutíferos e
pouco embasados.
Ø
O neopositivismo e o
positivismo negam a separação epistemo-metodológica entre ciências naturais e
sociais, afirmando que toda tem uma estratégia em comum.
Ø
O neopositivismo
afirma que o sujeito gera conhecimento, contrariando o positivismo.
Ø
Sem qualquer
metafísica, no marxismo a essência da mesma se concretiza.
Ø
O neopositivismo vê o
resumo cientifico como manipulação das experiências.
Ø
A essência do objeto
depende da lei de existência do mesmo.
Ø
Conotação fixa da
natureza da ciência excluindo a Lógica e a Matemática; A ciência é o
conhecimento das leis da natureza e sociedades tornando-os mais inteligíveis.
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25
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Ø
O método científico
em duas partes; teórico e empírico; seu sujeito não é individual, mas,
coletivo; é independente na sociedade; é falível, não almeja a
incontestabilidade, mas, tenciona alcançar sua totalidade.
Ø
História, múltiplos
significados possuindo três conotações centrais.
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Ø
História – conjunto
de fatos político-sociais ocorridos em determinada área.
Ø
História – disciplina
que tem por objeto o anterior, sendo historiadores os seus especialistas.
Ø
História – conjunto
de obras destes especialistas.
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27
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Ø
História – disciplina
que se ocupa do passado basicamente. Destacar fatos relevantes com interesse
social. E ainda estudo científico das sociedades no tempo. Eis aqui outras
descrições atribuídas à História.
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28
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Ø
A idéia de um método
para a História começa na antiguidade Greco-romana.
Ø
Devido ao humanismo,
a renascença e a reforma surge a necessidade de tornar a História uma ciência
detalhando e verificando de forma mais minuciosa seus fatos, textos e
documentos.
Ø
Gerando uma
interpretação mais critica dos textos sagrados.
Ø
Textos, dados e fatos
de procedência duvidosa são refutados.
Ø
O fato dos
protestantes questionarem a validade dogmática dos católicos e dos próprios
católicos gerarem uma critica à doutrina católica levam a História a
progredir.
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29
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Ø
Documentos da alta
idade média perdem a credibilidade.
Ø
Ordens posteriores a
jesuítica viam uma ameaça na critica avançada de Joseph Bolland.
Ø
Em 1681 Dom Mabillon
expõe a possibilidade de provar a legalidade documental usando indícios
materiais dando mais uma ferramenta para o avanço da História.
Ø
O século XVII atrasa
as concepções da História. Já o século XVIII se mostrou favorável ao
desenvolvimento das concepções da História, mas, a História ainda era voltada
ao relato de fatos mais explanatórios.
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30
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Ø
No século XIX a
História passa a por um interessante meio de desenvolvimento no qual a
filologia, a arqueologia auxiliam junto a outras ciências o campo da História
antiga e medieval.
Ø
A aparição de escolas
de História apoiadas em grandes nomes, e por fim o materialismo histórico
proposto por Marx e Engels também reforçam.
Ø
Pesquisa intelectual
em formato monográfico acerca de fatos exclusivos, contrários as leis.
Ø
Historiadores
acadêmicos resistentes ao Marxismo. “Resumo da História.” Estes Historiadores
contrariavam o brilho da História do século XVIII.
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31
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Ø
A. Comte; três fases
do pensamento humano; teológico, metafísico e positivo.
Ø
A lei da imaginação
subordinada pela observação.
Ø
Lei enciclopédica.
Ø
O estado positivo
prima as leis que expliquem os fenômenos e sua ocorrência.
Ø
O que não pode ser
teorizado não pode ser compreendido.
Ø
Só temos idéia real
dos fatos em estado de fenômeno e nada é possível conhecer em sua essência.
Ø
Empirismo; atividades
das essências; estabelecer fatos, explicação mediante as leis,
Ø
Ciências. Seis campos
independentes de pesquisa. Fundados no conhecimento das leis da categoria
precedente e que seja fundamento da categoria seguinte.
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32
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Ø
O valor das leis
positivas à História implica na afirmação dos fatos através da crítica
erudita (principal ofício), daí o pessimismo quanto à resolubilidade dos
fatos, pois, os mesmos eram vistos como matéria prima da sociologia.
Ø
A mescla da História
com a sociologia, aceita pela maioria dos historiadores positivistas.
Ø
Devido às restrições
das leis positivas seria difícil seria difícil aplicar-las a uma disciplina
que foca seu objeto em fatos irrepetíveis. Daí a História não ser incluída na
lista de Comte que pressupunha os fenômenos histórico-culturais como furtivo
e oriundo dos homens.
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33
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Ø
Os historiadores
positivistas viam uma existência real nos fatos históricos.
Ø
Os neokantianos dizem
que há oposição irrevogável entre namomética e não namomética.
Ø
A natureza e ciências
positivas se opõem a cultura e as ciências sociais.
Ø
Os “historicistas”
viam os fatos como irreais, exteriores aos sujeitos, em suma subjetivos.
Ø
Métodos intuitivos e
concepção subjetiva barram o desenvolvimento da História como ciência.
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34
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Ø
Com a crítica interna
e externa positivista para a seleção de factual ainda se nota a tendência da
interpretação particular do interprete.
Ø
Surge o primeiro
manual de introdução aos estudos históricos.
Ø
Apesar da
predominância positivista percebe-se a resistência de alguns historiadores
que usavam a comparação para tentar fixar regularidades aos fatos históricos.
Estes julgavam o método comparativo o acesso da História para se tornar
ciência, trocando a descrição convencional por explicações metódicas e
comparativas.
Ø
Outros criticavam o
método das comparações e defendiam sua síntese global.
Ø
Neste século duas
correntes se incumbem de tornar a História uma ciência, os annales e os
marxistas.
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Ø
A sociedade muda
constantemente e suas leis próprias são inteligíveis e passiveis de analise
do passado junto à sua trajetória de transformações. Mesmo que efêmeras e
tais condições devem ser aplicadas em um só ato de investigação.
Ø
O método é
considerado por alguns historiadores como muito como muito importante pela
característica dualista. Contudo, difícil, pois, não pender a um dos lados.
Ø
O marxismo
caracterizado pela observância das leis estatísticas e repetíveis das nações
em âmbito histórico-social e extraindo do âmago de seu método fatores que
possam ser tidos como metafísicos.
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|
Ø
Para os marxistas
historia natural e social são interligados e parte da mesma realidade.
Ø
Para o marxismo a
contradição esta situada entre o homem e a natureza e a força produtiva serve
como resolução. A relação desta força com a relação de produção é a base da
economia.
Ø
O materialismo
histórico ante seu objeto. O homem cognoscente.
Ø
A vontade de um não é
a vontade de todos, por isto a analogia com a natureza.
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37-38
|
Ø
As lutas sociais são
independentes das determinações, são frutos dos fatos anteriores e não podem
simplesmente tornar-se atos da vontade aleatória, pois, se dá em momento
oportuno, mas, impregnado de limites.
Ø
Os annales reinavam
na ideologia História científica com as seguintes regras.
Ø
1) Mudança da
interpretação para a problematização com exposição hipotética.
Ø
2) Reforçar a tendência científica.
Ø
3) Multidisciplinaridade com absorção de
itens de outras ciências para seu incremento.
Ø
4) Resumo dos
aspectos sociais.
Ø
5) Ênfase das
questões biográficas.
Ø
6) variação das
fontes constitutivas.
Ø
7) Uso da
temporalidade variada.
Ø
8) Valorizar a
conexão presente/passado para compreensão da História.
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Ø
Analogias entre
marxistas e annales;
Ø
1) Resumo integral e
explicativo acerca das relações e peculiaridades dos níveis sociais.
Ø
2) A concepção de um
sujeito, não reflete a realidade de sua época.
Ø
3) Respeito às eras
históricas.
Ø
4) Importância da
base econômica. (Quesito não unânime)
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Ø
5) Aumentar os laços
com outras ciências sociais.
Ø
6) Pesquisas
conceituadas com causas presentes.
Ø
Contraposição a Veyne
– É possível explicar certos fatos históricos, mas, isto implicaria numa
necessidade de absorção de fatos irrelevantes que impediriam a seleção
adequada dos mesmos.
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40
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Ø
De acordo com Carr a
seleção de fatos e parte do cotidiano do historiador, e feito de acordo com a
relevância dos fatos dentre um sem numero de documentos e é imprescindível
sua interpretação.
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41
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Ø
Todo fato é único,
até mesmo os fenômenos.
Ø
Não se pode afirmar
que fatos históricos são únicos, pois, implicaria em uma única sociedade
humana.
Ø
O embargo da Física à
História é uma mera especulação filosófica.
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Ø
O particular é o
principal empecilho para a História tornar-se ciência.
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43
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Ø
A generalização
científica da História pode facilitar o seu estudo.
Ø
A História, uma
ciência em construção.
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