sábado, 25 de maio de 2013

História e Poesia: uma apresentação do uso da linguagem/fonte literária como acesso ao passado.

Os poemas enquanto fontes/linguagens históricas.

BADARÓ, Wilson Oliveira; DA SILVA, Monalisa Barbosa; JESUS JUNIOR, Everaldo José de

Os poemas a serem trabalhados.

O patrão nosso de cada dia.

Eu quero o amor
Da flor de cactus
Ela não quis
Eu dei-lhe a flor
De minha vida
Vivo agitado
Eu já não sei se sei
De tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim
De nós
De todo o mundo
Eu vivo preso
A sua senha
Sou enganado
Eu solto o ar
No fim do dia
Perdi a vida
Eu já não sei se sei
De nada ou quase nada
Eu só sei de mim
Só sei de mim
Só sei de mim
           
Patrão nosso
De cada dia
Dia após dia

A Rosa  de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Análise e Hermenêutica dos poemas: aproximações e digressões


Título:
“O patrão nosso de cada dia.”: Lembrar que não havia CLT.
Referência ao pai nosso e ao pão nosso.  Contextualização da obrigação da oração em relação com a necessidade de trabalhar todos os dias haja vista que neste contexto social, a Igreja, enquanto instituição, apoiava o regime militar. Cumprimento religioso do empregado ao seu patrão. Aproximação com a oração. Correlação com o uso do sacerdócio egípcio no tocante ao uso da religião como referencial de convencimento dos trabalhadores compulsórios para o exercício das tarefas designadas.
1º Bloco
“Eu quero o amor, Da flor de cactus, Ela não quis”
Querer o amor (compreensão, apreço, reconhecimento do seu trabalho) da empresa (espinhosa) mas, ela – a empresa – não o quer por estar centrada em lucros, e não humanizada, apenas se importa com a corporatividade. Advento, também percebido amplamente na colonização das Américas em relação aos indígenas e os trabalhos nas mitmacs assim bem como os trabalhos escravos africanos, ambos desumanizados pelos processos de trabalho com vistas a obtenção dos lucros, com poucas exceções a se fazer.
2º Bloco
“Eu dei-lhe a flor, De minha vida, Vivo agitado”
Sobre a entrega da juventude ao esmero do trabalho e os processos e apropriação do tempo de vida social e humana. Vive no rush. Causalidade laboral indígena e seu modo de produção prol necessidades mais imediatas e objetivas (escambo) e não, em sua maioria, voltados para a produção em escala comercial voltada para a produção de excedentes.
3º Bloco
“Eu já não sei se sei, De tudo ou quase tudo, Eu só sei de mim, De nós, De todo o mundo”
Marxismo, luta de classes. Ele, provavelmente, desconhece as causas burguesas e as formas de conhecimento elementar do liberalismo. Apenas voltado para si e para seus companheiros de classe ( trabalhadores).
4º Bloco
“Eu vivo preso, A sua senha, Sou enganado”
Preso ao trabalho (bate cartão) e preso sem mobilidade ou ascensão social e econômica, daí a enganação das promessas do capitalismo. O que nos faz lembrar as questões apontadas por Walter Fraga em seu livro "encruzilhadas da liberdade" e as dificuldades de inserção negra no mercado de trabalho em virtude da falta de um sistema educacional eficiente e possibilitador de ingresso no sistema laboral vigente após a abolição. Relembrar a questão das mitmacs na América espanhola.
5º Bloco
“Eu solto o ar, No fim do dia, Perdi a vida”
Respira do sufoco, vigilância constante, pressão do ambiente de trabalho. Respira aliviado após os expediente. Sensação de exaustão que traga todo seu tempo hábil de socialização. Analogia à expressão popular “to morto”.  Lembrar das vidas perdidas nas construções do Egito, do trabalho excessivo da escravidão. E dos efeitos da partilha da África pelos europeus nas relações de trabalho.
6º Bloco
“Eu já não sei se sei, De nada ou quase nada, Eu só sei de mim, Só sei de mim, Só sei de mim”
Uma demonstração de desilusão ao movimento da classe operária. Como vemos o texto  com uma inclinação ao marxista, mostra a decepção a não tomada de poder da classe oprimida. E da possível entrega ao sistema que ele combateu, o capitalismo, mostrando um auto grau de individualização. lembrando a revolta dos malês e la noite triste. Também no Zapatismo, até hoje, há uma luta contra essa dominação imperialista nas partes rurais mexicanas.
7º Bloco
“Patrão nosso, De cada dia, Dia após dia”
A confirmação da entrega ao sistema capitalista, ou a, conscientização da existência latente e consistente desse sistema. Fenômeno que temos estudado também nos movimentos negros e indígenas mas, que de toda e qualquer sorte, não finda as resistências sistemáticas e contínuas nestes casos específicos.
A releitura do Pai nosso contraposto ao poema
Bloco 1
“Pai nosso que estás no céu, Santificado seja vosso nome,”
O patrão em sua esfera superior no topo da ascensão econômica. Inviolável, a voz do patrão como a voz de deus, não pode ser contrariada. Hierarquia social, econômica etc. e respeito máximo a eles.
Bloco 2
“Venha nós ao vosso reino, Seja feita a sua vontade, Assim na terra como no céu”
Sempre o funcionário se dirigindo até as fábricas, empresas etc.; obediência incondicional; assim no mundo proletário como no mundo burguês.
Bloco 3
“O pão nosso de cada dia nós daí hoje, Perdoai as nossas ofensas, Assim como nós perdoamos, A quem nos tenha ofendido”
Em virtude da alta capitalização das relações de trabalho, denota-se a grande necessidade de dinheiro, obtido pela subserviência do empregado ao patrão.
Ofensas enquanto chegar atrasado, fazer tarefas com imperfeição etc. Assim como os funcionários, felizes ou não, são forçados a perdoar eventuais atrasos de salários, falta de assistência médica, más condições no ambiente de trabalho, o não pagamento de horas extras, autoritarismo patronal.
Bloco 4
“Não deixeis cair em tentação, Mas livrai-nos do mal amém.”
Não permitir a tentação de expropriar recursos, mercadorias, nem pedir demissão etc.; livra-nos do desemprego amém.

2º Poema
Título:
A Rosa[1] de Hiroshima[2]
1º Bloco
Pensem nas crianças, Mudas telepáticas, Pensem nas meninas, Cegas inexatas”
Sobre doenças transmitidas imediatamente pela radioatividade e a posteriori hereditariamente. Alcances radioativos em Nagasaki. Avaliando os efeitos de longa duração dos imperialismos  europeu e americano na África e América e Japão. Cicatrizes.
2º Bloco
“Pensem nas mulheres, Rotas alteradas”
Migração das mulheres em busca de refúgio das áreas afetadas para evitar a contaminação hereditária. Os maridos em guerra no front e mortos nela – a guerra.
3º Bloco
“Pensem nas feridas, Como rosas cálidas”
Ferimento do orgulho;  aparência de queimaduras físicas imediatas e nos neonatos; cicatrização futura (reconstrução das cidades); as marcas traumáticas.
4º Bloco
“Mas oh não se esqueçam, Da rosa da rosa, Da rosa de Hiroshima”
Não esquecer do objeto causador de todos estes efeitos supramencionados. Inserir a fumaça simbólica enquanto uma rosa.
5º Bloco
“A rosa hereditária, A rosa radioativa, Estúpida e inválida, A rosa com cirrose”
Das mazelas causadas na saúde humana imediatamente verificadas pelos efeitos da bomba. Do discurso da cientificidade e ilustração humanas como norteadores do desenvolvimento científico e tecnológico não impediram esta estupidez.
6º Bloco
“A antirrosa atômica, Sem cor sem perfume, Sem rosa sem nada.”
Oposição à rosa vegetal. Símbolo da vegetação saudável. Porque a radioatividade acaba com a vegetação. Das conseqüências cabais dos efeitos da bomba. Da devastação humana e, em seguida, da devastação vegetal. Fim da beleza: a vida como um todo.

Referencial Teórico do Trabalho.


Reflexões teóricas sobre o uso do poema enquanto fontes e linguagens históricas.

Fundado em observações iniciais de Selva Fonseca a principal razão de se lançar mão de outras linguagens, é justamente o de ampliar as possibilidades, no quesito das opções metodológicas e, sobretudo, das leituras históricas e percepção de historicidade em outras fontes e linguagens além do livro didático, no sentido de “dinamizar” a apreensão e assimilação dialógica do conteúdo.
Baseado nestas discussões introdutórias acerca da inclusão de novas fontes e linguagens para o uso e expansão das possibilidades de compreensão histórica, apresentaremos um conjunto de trabalhos que nos influenciaram em nossa produção de aula e teorização de nossas opções metodológicas no tocante ao manuseio de nossa fonte/linguagem – a poesia.
A princípio, veremos como a própria autora – Selva Fonseca – tratou do assunto. A autora fará uma discussão de quais os alcances da linguagem e entende que “todas as linguagens, todos os veículos e materiais, frutos de múltiplas experiências culturais, contribuem com a produção/difusão de saberes históricos, responsáveis pela formação do pensamento” (FONSECA, 2003, p. 164). A partir desta fala, a autora espera chamar a atenção do quão diversificado seja as fontes fundantes dos saberes e que, o livro didático e o paradidático, enquanto um dos principais instrumentos do professor e aluno, reflita e aluda esta multiplicidade. Assim sendo, estas diferentes linguagens e fontes servem como trampolim para uma profusão de saberes oriundos dos diferentes estratos e segmentos sociais através destas diferentes linguagens e fontes disponíveis. Dando início, a partir daí, a um processo amplo de dialogicidade entre professor e aluno, pois, os alunos deverão inserir diferentes fontes e linguagens a partir de seu locus e referênciais sociais para uma discussão histórica, sem ser, necessariamente, aquela proposta pelo professor.
Partindo destas considerações, entendemos que o poema, como fonte e linguagem que traduz uma porção de interpretação de determinado contexto histórico, “visa explicar o real por meio de um diálogo que se dá entre o historiador e os testemunhos, os documentos, que evidenciam o acontecido” (FONSECA, 2003, p. 165). Em nosso caso específico, os poemas “A rosa de Hiroshima” e “O patrão nosso de cada dia”, traduzem anseios, demandas, inquietações e problemas do contexto vivido ou racionalizado pelos seus autores que, em certa medida, tentam explicitar estes fatos com suas reflexões. Muito importante para efetuar um trabalho com literatura e poemas é a atenção apontada pela autora, citando Vieira, que se deve ter com os recursos de linguagens e suas representações, pois, estes podem trair-nos ou levar-nos a chegar a conclusões que podem perpassar a real intenção da obra em virtude das metáforas, ideias de duplo sentido etc. Também, a inserção da obra em seu contexto histórico deve ser um cuidado central do historiador no sentido de evitar o anacronismo desmedido e também “a especificidade dos problemas (nível micro) e ao mesmo tempo a universalidade de muitos problemas vividos por nós (nível macro)” (FONSECA, 2003, p. 167).
Como a poesia trata muito do cotidiano, dos fatos e relações sociais é muito natural que encontremos traços fortes de descrição histórica de diferentes contextos históricos em suas composições, traduzindo e evidenciando fatos que não foram, ou foram insuficientemente discutidos pelas linguagens e fontes tradicionais, em geral, as poesias apresentam uma leitura da realidade mais próxima da subjetividade humana e de uma visão intrínseca de mundo relacionada ao seu autor (FONSECA, 2003, p. 174). Seria na verdade a ideia proposta Fonseca de que “incorporar poemas e crônicas representa uma possibilidade de buscar outras formas de acesso a níveis de historicidade” (FONSECA, 2003, p. 175). Tal uso da poesia implica em compreendermos mutuamente não somente a poesia, mas, também, o poeta em seu contexto histórico, o que requer esforço e fôlego hermenêuticos mais significativos por parte do professor/historiador que se aproximar e envolver com este segmento. Em outras palavras, seria perceber as “representações vivas de vidas vividas” (FONSECA, 2003, p. 174).
Para termos uma maior impressão das fontes e linguagens e seus respectivos alcances e usos por diferentes perspectivas, veremos o que pensam outros autores e como se manejaram com os poemas em suas construções intelectuais.
Comecemos por um autor muito destacado e que trabalhou em parte de suas reflexões as diferentes concepções do tempo em diferentes sociedades no mundo, e em determinadas passagens, se utilizou amplamente de poemas denominados “contos de canterbury” dentre outros. Este historiador é o E. P. Thompson. Com sua metodologia de abordagem aos poemas, tivemos uma ampla noção de como trabalhar o nossos poemas e assim sendo, o utilizamos como referencial metodológico para a composição desta teorização.
Suas reflexões e leituras dos poemas tratados são reveladores explícitos, e por vezes implícitos de como o tempo é percebido e medido em diferentes pontos do globo terrestre.
Domênico Proença Filho aborda a participação do negro na literatura brasileira, dando ênfase à poesia como fonte histórica e a situação social do negro na sociedade. Proença Filho relata:
a matéria negra, ganha presença mais significativa a partir do século XIX, surge na literatura brasileira desde o século XVII, nos versos satíricos e demolidores de Gregório de Matos, como os do "Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os seus membros e inteira definição do que em todos os tempos é a Bahia", poema de que vale lembrar a seguinte passagem, a propósito, manifestamente reveladora[1] (PROENÇA FILHO, 2004).

O poeta Gregório de Matos destaca o abuso ao negro, pelos detentores do poder, como objeto. Que seria como hoje vemos a coisificação do ser. Assim sendo, o autor destaca Gonçalves Dias e seus poemas que evidenciam a situação de opressão ao negro. No poema
’A escrava’ (1846), e um texto em prosa, ‘A meditação’ (1849); nenhuma condenação aberta à escravidão, mas a denúncia-lamento da situação de opressão. Referências sutis são encontradas em ‘O horto’ (1900), da preta Auta de Sousa (1876-1901), formada em colégio de religiosas francesas” (PROENÇA FILHO, 2004).
Ainda seguindo a linha das discussões mais voltadas para as temáticas etnico-raciais, citamos Bruno Fernandes em seu artigo que, utilizando-se de poetas negros e da legitimação dos discursos dos diferentes atores históricos em seus diferentes estratos e visões, apresenta uma proposta instigante de trabalhar com poemas enquanto fontes e linguagens de acesso ao passado.
A poesia é um tipo de obra literária que oferece a oportunidade de se encontrar representações diversificadas sobre a realidade e sobre a sociedade. No que concerne às representações do sujeito negro subalternizado, a realidade sócio-cultural encontrada nas poesias apresenta-se carregada de confrontações aos estereótipos determinados pela sociedade de cada época (FERNANDES, 2011, p. 02).
Obviamente, o uso de poetas e poetizas negras fazem com que a leitura esteja mais próxima de uma realidade mais evidente dos negros, contrariando assim, a antiga máxima de que apenas temos relatos históricos sobre o passado da África e dos afrodescendentes, a partir de uma interpretação branca e ocidentalizada. Nesta passagem, o autor – Fernandes – deixa explicitar esta assertiva:
portanto, por meio da utilização de poesias dos autores negros empregados enquanto fontes literárias, a análise das articulações ideológicas destas com o posicionamento político do sujeito negro historicamente subalternizado, suscitando a possibilidade da utilização dessas fontes como ferramentas discursivas anti-hegemônicas e combativas da identidade negra estigmatizada pela História oficial (FERNANDES, 2011, pp. 02-03).
Também, na tese de doutoramento de Luís Fernando da Rosa Marozo entitulada “Manuel Bandeira: memória e história da poesia”, onde ele busca claramente apresentar uma tendência da produção literária e poética contextual nacional em diferentes momentos no sentido de propor uma cronologia lógica e histórica desta produção, assim:
Manuel Bandeira entrelaça história e memória quando organiza cronologicamente um conjunto de autores e de obras relacionados a estilos de época em sua Apresentação da poesia brasileira. A escolha apresenta um recorte tanto do ponto de vista da produção literária, poesia, quanto do espaço, nação. Dessa maneira, ao reunir um continuum apenas de poetas cuja sustentação e sentido são encontrados em diferentes instâncias, intra ou extraliterárias, dependendo do momento do Brasil, o historiador estabelece seu conceito do que seja a poética nacional. (MAROZO, 2011, p. 89)
Concordando com as nossas abordagens à fonte/linguagem escolhida, onde incluimos poemas que foram, a posterior, musicados, percebemos em Brenda Marques Pena em sua dissertação de mestrado chamada “A Poesia sonora como expressão da oralidade: História e desdobramentos de uma vanguarda poética“, onde ela trata as diversas facetas de um poema e sua apresentações diversificadas, por isto, incluímos, conscientemente estes poemas aqui selecionados para a realização de nosso trabalho. Tal diversificação é explicitada na seguinte passagem:
As tradições ocidentais consideravam a poesia como a arte da linguagem verbal, a Poesia Sonora e a Poesia Visual, se esforçam em conjunto para ultrapassar esse estatuto, rejeitar sua coerência e esquecer suas regras limitadoras. A Poesia Sonora e a Poesia Visual nos “falam” em uma linguagem composta de elementos desnaturados na articulação de vocemas, grafemas, sons, silêncios, gestos ─ vestígios do universo com o qual nos confrontamos. (PENA, 2007, p. 19)
 Por fim, na produção de Maria Tereza Scotton, onde temos uma forte presença do posicionamento da teórico da “História vista de baixo”, a autora em seu artigo se apoiará em poemas produzidos com intuito de captar estas dimensões do cotidiano e trazer para um plano mais visível as discussões protagonizadas nos poemas que ela elege como objeto de análise, notamos sua preocupação em expor, também, as leituras mais mentais dos sujeitos tratados – quando não coisas – em sua condição moral a partir do autor
Manoel de Barros [que] constrói sua obra, tal como Benjamin (1984) identifica a forma com que as crianças fazem a história, ou seja, a partir do lixo da história.
Ele elege para matéria de poesia a pobreza, os objetos e as coisas que não têm valor de troca (como latas e parafusos velhos, cisco, lagartixas e formigas), os homens desligados da produção (loucos e andarilhos), os homens humildes que, embora empobrecidos e iletrados, possuem grande sabedoria. Ele explica a dignidade que imprime a esses seres e coisas. (SCOTTON, ????, p.03)
Por todas as evidências ora apresentadas aqui, acreditamos fielmente no potencial educacional do poema enquanto fonte e linguagem histórica. Por toda a sua capacidade de apreensão e descrição do passado e suas possibilidades de uso prático na prática da docência e, sobretudo, do resgate histórico. Segundo Fonseca, a vida, a poesia e a “história – dimensões do nosso viver... Recuperar essa totalidade é valorizar nossa existência, libertar nossos sentimentos, nossos pensamentos” (FONSECA, 2003, p. 178) para um mundo mais complexificado e contingente, onde as possibilidades são finitas na medida em que finito seria a capacidade humana de aceitar e endossar os diferentes modos de ver e perceber a história.

Referência Bibliográfica


FERNANDES, Bruno (2011). Literatura e identidade: poesia de representação em busca de uma cidadania negada. Revista Eletrônica dos Programas de Mestrado e Doutoramento do CES/ FEUC/ FLUC, Nº 6, 2011.

MAROZO, Luís Fernando da Rosa. Manuel Bandeira: memória e história da poesia. Porto Alegre, Março de 2011.

PENA, Brenda Marques.  A Poesia sonora como expressão da oralidade: História e desdobramentos de uma vanguarda poética. Belo Horizonte, 2007.

PROENÇA FILHO, Domênico (2004), ―A Trajetória do Negro na Literatura Brasileira Estudos Avançados, vol. 18, 50.

SCOTTON, Maria Tereza. A representação da infância na poesia de Manoel de Barros. Rio de Janeiro.
THOMPSON, E. P. Tempo, Disciplina do trabalho e Capitalismo Industrial. In: THOMPSON, E. P. Costumes em Comum. Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Compainha das Letras, 1998.



[1] PROENÇA FILHO, Domício (2004). A Trajetória do Negro na Literatura Brasileira Estudos Avançados, vol. 18, 50. Artigo escolhido por nós para enfatizar as emergências do trato e discussões sobre as demandas etnico-raciais, concordando com a lei 10.639. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100017&script=sci_arttext. Acesso em 18 de Junho de 2013.


[1] A rosa com sua simbologia ocidental e vista como presente, lembrar o presente de grego, o cavalo de tróia.
[2] Lembrar de contextualizar social e mentalmente a sociedade japonesa para maior ênfase das leituras dos fenômenos sociais e mentais.

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