UFRB – Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia
Discente: Wilson Oliveira Badaró
Cachoeira, Bahia segunda-feira 03/05/2010
LOERNCINI, Álvaro e DEL CARRATORE,
Enzo. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Ed. UNESP, 2ª Reimpressão,
2002.
Resumo Filosófico com Leitura Histórica
A filosofia é vista por Epicuro como a saúde do espírito e
que não há em absoluto uma faixa etária estabelecida para a filosofia, pois, a
mesma é imprescindível ao ser enquanto cidadão e enquanto ser. No entanto, em
sua ausência, deve-se buscar-la de modo incessante e em sua presença
desfrutar-la ao máximo, uma vez que, a sua prática constante traz o regozijo
jubiloso à alma.
Uma das questões em pauta é quanto a relação com as
divindades que devem ser a priori em
permanente e inatingível status quo. A
onisciência divina é incontestável, contudo, a consciência de sua carga de
atributos e personalidade, torna-se visivelmente metamórficas ante a opinião
popular, sendo esta a tênue margem do juízo popular que por fim relacionam aos
deuses o titulo de detentores do veredicto aos justos e malevolentes.
Quanto à morte! Ela dispõe de uma única visão hermenêutica;
nada. A morte não deve ser temida, outrossim, como a vida deve ser sorvida sem
a intenção de tornar-la extensível. É ignóbil aquele que a teme, porque, sofre
porquanto deveria gozar e admirar-se acerca da razão misteriosa de sua finita e
efêmera existência.
Quanto ao futuro! Ele é como uma pena ao vento! Que
acordando com a circunstância, e do objeto que lhe impulsiona, pode acender ou
precipitar. O conhecimento dos nossos próprios anseios, devaneios e desejos é
deveras salutar. A vista disto, suas diferentes categorias, levam a plena
saúde, entretanto, a escolha mal efetuada pode desencadear o contrário. O antagonismo entre prazer e dor são a escala
de uma vida conscienciosa e da felicidade iminente, resguardando-se, contudo,
as devidas medidas entre ambos. Viver simploriamente a vida prepara o ser para
uma possível fartura porvir que, seguramente, será melhor usufruída pelo costume
do simples, sendo enfim, mais sana a vida, quando expropriada de grandes luxos.
Ao sábio praticante da filosofia e adepto das boas práticas,
lhe é preferível a construção de sua vida na concreta idéia da real vida
virtuosa (embora todos os objetos da real conduta virtuosa sejam abstratos) que
a abstração da cegueira casual ou latente de alguns ante as realidades do
devir. Seguindo estes primordiais conceitos deve ser impossível não viver bem.
Pois estes referidos retratam e representam a postura adequada à um ser ciente
de suas limitações e suas potencialidades físico-intelectuais, aproximando
assim, o homem da imortalidade espiritual devido a serenidade divina por ele
expressa em suas atitudes.
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