UFRB – Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia
CAHL – Centro de Artes, Humanidades
e Letras
Discente: Wilson Oliveira Badaró
Cachoeira, Bahia, sexta-feira
18/06/2010
Fichamento de Introdução
à Sociologia 3 - Max Weber
CASTRO, Ana Maria de; DIAS, Edmundo Fernandes.
Introdução ao pensamento sociológico.
18. Ed. São Paulo, Centauro, 2005
OLIVEIRA BARBOSA, Maria Ligia de
QUINTANEIRO, Tânia.
Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1995
Fichamento acerca dos textos do
Weber
- Weber
como homem da era positivista e influenciado por Marx e Nietzsche.
- A
contribuição Marxista na obra de Weber se percebe no objeto do capitalismo
ocidental destacando-se a infra e superestrutura.
- Influência
nietzscheana na vontade de poder e a luta antagônica de valores.
- A
sociologia aos olhos de Weber; a ciência “que pretende entender,
interpretando-a, a ação social, para dessa maneira, explicá-la causalmente
em seu desenvolvimento e efeitos.”
- Ação
Social é um conceito muito importante na obra weberiana que é definido
como: Conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado
subjetivo dado por quem o executa.
- Para
Weber, explicar sociologicamente implica em apreender o sentido o sentido,
evolução e conseqüências do ato social de um determinado indivíduo em
relação a outros indivíduos.
- Os
tipos ideais consistem em averiguar a singularidade das causas.
- Os
quatro tipos puros da ação social ou os tipos ideais: 1) A ação racional
com relação a fins. (Objetivo racionalizado). 2) A ação racional com relação
a valores. (O grande estimar dos valores). 3) A ação tradicional (Hábitos
e costumes). 4) Ação afetiva (Movida por sentimentos não premeditados).
- Weber
afirma que estes tipos são puros e muito dificilmente serão encontrados
isoladamente numa ação social em especifico.
- Dois
modos comportamentais, não sociais e desconexos quanto ao outro indivíduo
a se considerar: “Ação proveniente de uma imitação e a homogênea.
- As
provenientes de uma imitação surgem no efeito - “Maria vai com as outras,”
estimulada pela massa, mídia e geralmente desprovido de racionalização
prévia. E a Homogênea é executada por varias pessoas simultaneamente, mas,
sem objetivo comum.
- Relação
social é uma ação múltipla, reciprocamente orientada, munida de
significado, que se fixa na possibilidade de agir socialmente.
- Weber
tem a racionalização como a base da análise inteligível e a emoção e os
valores como elementos bloqueadores do acesso lógico e preciso desta
análise em virtude de sua imprevisibilidade.
- Relação
social comunitária – fundada em sentimentos subjetivos (afetivo ou
tradicional) de pertencimento mútuo que se dá entre as partes envolvidas e
com base no qual a ação está reciprocamente referida.
- Relação
social associativa – fundamentada em acordos de interesses movidos pela
racionalização (fins e valores).
- “As
consciências individuais são capazes de dar sentido a ação social” e este
sentido é divido por vários outros indivíduos gerando assim as classes,
estamentos e partidos.
- Classe:
Grupo que se encontra em uma mesma situação de classe.
- A
situação de classe: é a posição econômica no tocante a propriedade ou não
dos bens e/ou habilitações que são definidos pelo mercado. (Ordem
econômica)
- Mercado:
consiste no âmbito onde os homens buscam pelo poder econômico.
- Estamentos:
é uma organização social que de acordo com seu código de honra e tradições
exprimem um estilo de vida intrínseco.
- Situação
estamental: indicada pela estimativa positiva ou negativa da honra e que
configura a hierarquização social da posição.
- Castas:
Grupos de status hereditários onde as regalias são desigualmente distribuídas
através de leis, convenções, direitos consuetudinários e rituais.
- Partidos:
organização que luta para obtenção do poder e influência política sobre o
aparato de poder para assim ocupá-lo com seus prosélitos efetuando ações
políticas. “O partido é uma organização que luta especificamente pelo
domínio.
- A
classe para Weber é como um fenômeno unicamente econômico e a consciência
de classe é algo incerto.
- Poder&Dominação
– chaves da compreensão da obra Weberiana; “o poder significa a
probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social.” –
“A dominação baseia-se suma probabilidade de obediência a um certo
mandato.”
- A
dicotomia da dominação pelo interesse (monopólio) e da autoridade (mando e
obediência).
- Conceito
de dominação II – o desejo expresso (mandato) do dominador que influência
outros (dominados) que tomam como regra substancial o mandato
(obediência). Ex: Pai e filho (Relação)
- A
ação social é em suma fruto da dominação.
- Os
três tipos de dominação: 1) Dominação tradicional – Do reconhecimento
inimaginavelmente antigo e da orientação habitual para o conformismo. 2) A
dominação carismática – Através do “dom da graça” extraordinário,
intransferível e pessoal. Baseada exclusivamente no carisma. 3) Dominação
legal – Baseada na fé da validade do estatuto legal e da competência
funcional regidos por regras racionalizadas.
- A
influência da religião nas relações sociais, ações sociais, comportamento
social, sua hierarquização sistemática e interesses políticos.
- A
teodicéia dos afortunados em prol da dominação tradicional.
- A
religião alicerçada na irracionalidade generalizada e alienação social.
- A
teodicéia e o mito da salvação das almas aos menos favorecidos como uma
justificativa para seus sofrimentos e anseios. As adequações da religião
face as demandas dos não-virtuosos e da ascese dos virtuosos.
- O
ascetismo e o misticismo: dois caminhos para a devoção.
- O
capitalismo para Weber é um somatório de atributos previamente
racionalizados. Weber associa as religiões protestantes e seus
procedimentos pragmáticos (puritanos) ao capitalismo.
- Weber
usa Franklin para enfatizar o “espírito capitalista” aliado às prioridades
e condutas puritanas. (Trabalho como o regente da vida virtuosa sob ótica
puritana.)
- A
vocação é para Weber: Fruto do ascetismo mundano, que se diverge do
ascetismo católico em dois quesitos básicos; Na ação metodológica no mundo
e no valorar do enriquecimento.
- Intenções
das ciências sociais, e as dificuldades de seleção, processo e análise dos
objetos de estudos, dado a variedade de singularidades verificadas.
- Os
valores são relevantes para a seleção.
- O
tipo ideal é: “instrumento do qual o cientista se vale para guiar-se na
infinitude do real,” observando-se as suas bases limitativas e hipotéticas
– racionalidade, unilateralidade e caráter utópico.
- Diferenciação
de julgamentos de valor: São as necessidades e considerações práticas,
historicamente colocadas, identificando e solucionando problemas. (Saber
empírico).
- Da
necessidade do reconhecimento de suas tendências e ideais políticos que
devem ser expostos e nunca mascarados como “Ordem social” e/ou ”ordem racional dos fatos.”
- Os
valores vão se tornar uma guia necessário que conduz à escolha de um certo
objeto pelo cientista. (Os tipos idéias)
- Pessimismo
Weberiano: “O avanço da racionalidade como decadência geral da cultura
clássica.” (Desencantamento do mundo)
- Tendência à história pragmática com descontinuidades e crises.
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