quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Modelo de Fichamento de Introdução aos Estudos Históricos 3

UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Discente: Wilson Oliveira Badaró
Cachoeira, Bahia quarta-feira 19/05/2010

FONTANA, Joseph. História: Analise do passado e projeto social. Tradução Luiz Roncari, São Paulo, Edusc, 1998. Texto: As Origens.


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Fichamento
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ü  Estudo e elaboração metodológica de fontes orais.
ü  Utilização de representações coletivas, tradições genealógicas e etc., com função didática e de perpetuação do poder e também como meio de reprimir e advertir opositores.
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ü  A história escrita começa com as manifestações políticas e as suas necessidades de afirmação de origem divina.
ü  O dilúvio e seus mitos em regiões com fundamentação em áreas fluviais.
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ü  Os logógrafos e a história dos descobrimentos.
ü  A questão da ligação do faraó com a natureza (sol, rio) e sua imagem divina lhe conferia poder soberano e era também confirmada pelos sacerdotes que também se beneficiavam desta condição.
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ü  A historiografia sofre renovações segundo as mudanças helênicas.
ü  Mudanças político-econômicas, decadência fundiária, ascensão dos comerciantes marítimos levam as revoluções e por fim, aos regimes democráticos (Atenas).
ü  Mudanças religiosas > Orfismo – Impulso dado pelos poetas e escritores proféticos.
ü  Criticas aos mitos gregos - interpretação através da perspectiva das classes dominantes em prol da democracia e contra as tradições míticas sociais.    
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ü  Heródoto de Helicarnasso – a historia universal, abrangente e requisitada.
ü  Preocupação econômico-social e antropológica.
ü  A regra da necessidade de explicação dos fatos por parte dos historiadores.
ü  Tucídides - estudou a guerra do Peloponeso (Para ele a maior da história).
ü  Uso de fontes, documentos e cronologia de forma mais próxima a exata com caráter mais laico e político.
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ü  Heródoto, Tucídides, Protágoras e Platão- Diferentes contextos históricos, mas, grande viabilidade e visão histórica.
ü  Protágoras- “O homem é a medida de todas as coisas”
ü  Górgias e Trasímaco- “A justiça não é outra coisa senão o interesse dos mais ricos.” (Segundo Platão)
ü  Platão- O sofista só ensina o que o povo tenciona saber.
ü  Evoluções significativas em todos os campos do saber. “Revolução intelectual do século V.” (Momigliano)
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ü  A queda da historiografia conduzida por interesses políticos aristocráticos.
ü  A reflexão das generalidades da historia, tornam-se a “ciência política de Platão e Aristóteles” reservando a História per se, o caráter de historia do fantástico e do trágico, sem vinculo com as causas sociais e/ou veracidade causal.
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ü  Platão e Aristóteles- neutros quanto as formas de governo mais autoritárias e absolutistas.
ü  Platão – Estruturação fundiária divide fundiários e não-fundiários. (Protofeudalismo)
ü  Aristóteles- Pragmatismo real > Tendência escravista (É escravo todo aquele que não é grego)
ü  Formação da sociedade; Família> Povoado>Polis.
ü  O método aristotélico de política mostrou-se opressor aos humildes em borá visasse o equilíbrio econômico.  
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ü  Dentro da teoria histórica deste período, as formas de governo são como as fases da evolução do homem.
ü  Platão conta com cinco formas; Reino/Aristocracia (Boa); Timocracia, Oligarquia, Democracia, Tirania. (Más)
ü  Aristóteles conta com 3 pares de formas que sofrem com suas dualidades antagônicas: 1) Governo de um - Realeza e Tirania, 2) Governo de poucos- Aristocracia e Oligarquia, 3) Governo dos demais Politéia ou Timocracia e Democracia
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ü  Políbio- Romanos após a conquista da Grécia enviam jovens das classes abastadas para a Itália e dentre eles está ele, Políbio.
ü  Era contra o tragicismo histórico. Restituiu os valores históricos de outrora com o retorno das abordagens a questão sócio-politicas influenciando os seus adeptos a formação política.
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ü  De forma indireta a obra de Políbio completa as de Platão e Aristóteles.
ü  Liberta a história das amarras do particular e lhe devolve o caráter de ciência do social.
ü  Políbio organiza idéias anteriores dando sentido cíclico e cronológico as idéias antes aparentemente anacrônicas de seus antecessores com a seguinte sequência; Monarquia Primitiva> Realeza> Tirania, Aristocracia> Oligarquia> Democracia> Oclocracia.
ü  “A História Pragmática” – “Que homem será tão néscio ou negligente que não queira conhecer como e mediante que tipo de organização política quase todo o mundo habitado, dominado em cinqüenta e três anos não-completos, caiu sob um único império, o dos romanos? “-A maior e mais brilhante defesa da História em todos os tempos.” (Luis Fernando).   
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ü  Problemas com os prólogos das obras e suas “exposições filosóficas” de cunho moralizador e “imparcial,” que nota-se este último, um tanto politizado. (Historiadores romanos)
ü  Objetividade e moralização de difícil resolução em Salústio, Tito Lívio e Tácito.
ü  A obra de Tito Lívio, construção da historia do tempo de Augusto > fim da república
ü   Composição da Eneida “O mito nacional romano acordando com os propósitos de Augusto.
ü  Virgílio – “O século de ouro”
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ü  O “historicismo romano.” Ampliação dos horizontes da História. A classe dominante fixa um padrão cultural e um corpo político que deverá ser implantado através dos tempos.
ü  Contribuidores; poetas, teorizadores da política destacando Cícero e historiadores dos vários segmentos.
ü  Segundo Walsh; Tito Lívio não era um partidário de Augusto, mas, ambiente político e social muito movimentado de seu contexto histórico acabam por assim apresentar-lhe. Eventos como; Crise social, a revolta dos escravos liderada por Espártaco, dissolução social iminente, insurreição de catilina e a própria crise das classes dominantes levam a uma reformulação da ordem vigente.
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ü  Na elaboração de uma ordem que justifica a ordem, Tácito admite que após o período de instabilidade Augusto traz a paz.
ü  Tácito e Santo Agostinho – As duas faces da historiografia; A romana e a cristã.
ü  A historiografia laica entra em declínio e seu caráter moralizante é perseguido pelos historiadores cristãos. Apenas Salústio se destaca e é lido neste período.
ü  A história romana se torna um apêndice dos cristãos. Tradição da oralidade em lugar da leitura livre.  
ü  Distinção do método histórico Greco-romano e cristão. 
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ü  Quanto a explicação da criação- Os Greco-romanos norteavam-se pelos fenômenos sociais terrenos. Os cristãos pelo determinismo do desígnio divino que é inefável e imutável para a evolução da história da humanidade.
ü  A história reafirma a fé, base da nova ordem social.
ü  Todos os homens devem fazer parte da história cristã.
ü  Eusébio de cesárea – Universalidade, estabelecimento de cronologia generalizável; crônicas (Versão do Latim de São Jerônimo) que através da bíblia tenta encontrar similitudes entre os gtreco-romanos e os orientais.
ü  As preocupações com a cronologia estão intimamente ligadas aos fatos bíblicos e religiosos.
ü  Os monges organizavam os calendários festivos que os leva a regularidades fenomênicas e como por conseqüência uma crescente necessidade de precisar melhor as horas.
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ü  Formato cristão da história; Seis idades da história movidas por um anjo.
ü  As profecias podiam levar os historiadores teólogos à uma idéia futurística através da sua profunda análise e hermenêutica conscienciosa.
ü  A história descrita nesta obra é exclusivamente da Europa feudal. (Nota)
ü  Três modelos de interpretação histórica via profecia; 1) Modelo de Daniel e as bestas saídas do mar. 2) São João – O apocalipse. Similar ao de Daniel no tocante a besta saída do mar, no entanto, traz um novo chamariz; “mil anos, o diabo, ressurreição e o juízo final. 3) O modelo oriundo da cultura patrística – A semana cósmica. Consiste em criação do mundo correlacionada às idades do homem.
ü  As profecias se apóiam na história do império romano e nela buscou sinais, contudo, este procedimento mostrou-se arriscado com base em sua credibilidade vindoura.
ü  Santo Agostinho – combate esta colocação. Face a tomada de Roma por Alarico e com a criação de “a cidade de deus” que condena as profecias, reinterpreta a história e divide “a cidade terrena da cidade divina.”
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ü  Paulo Osório, discípulo de St Agostinho – Histórias contra os pagãos. Interpreta a tomada de Roma como uma lição necessária a cidade usando influências bíblicas.
ü  Descreveu o termo romano-cristão como algo peculiar e intrínseco, distinto dos imperialistas.
ü  Do século VI ao IX relatos bíblicos e política voltam a unir-se para realocar a igreja na nova ordem política após a queda do império do ocidente.
ü  Gregório de Tours – Historia dos Francos.
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Isidoro de Sevilha – História dos Godos, Vândalos e Suevos.
ü  Beda – Historia da igreja e do povo da Inglaterra. (Saxões e Celtas)
ü  Paulo Diácono – Historiae Longobardorum.
ü  Tudo isto aliado à destruição das monarquias bárbaras, Revolução Feudal, Instabilidade da Igreja – base cristã esta que gera a base da economia política feudal até o capitalismo.
ü  Os bandos se apoderam dos produtos excedentes dos camponeses, reprimindo-os e gradativamente suplantando a servidão no lugar da escravidão.
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ü  Os bandos eram consagrados pelos espólios obtidos e se tornavam cavaleiros uma espécie de graduação.
ü  Feudalismo segundo Bonnassie;
ü  As mudanças vem com a reação da igreja que reformula o controle social trazendo uma nova interpretação da sociedade; três ordens ou estados – Cavaleiros, Eclesiásticos, Massa.
ü  A igreja mantêm seu staus quo com estas ordens dentro da nova ordem feudal estabelecida, mas, as tentativas de velar os modelos proféticos falharam. É notória sua presença na historia medieval (Profecias).

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ü  A coroação de Carlos Magno é um exemplo de ação política com base nos autos proféticos.
ü  Joaquim de Fiori – Influente interprete das escrituras sagradas, respeitado dentro do clero, envolvido com ações políticas.
ü  Visionário e historicamente bem situado renova os três estados com o uso do novo e velho testamento e sugere via profecia o novíssimo testamento que seria impresso diretamente na alma do individuo.
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ü  Joaquim com sua visão profética do regozijo generalizado aos justos, trazem novos ânimos para as novas ordens religiosas quanto a possibilidade de uma reforma.
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ü  Heresias populares e flagelantes impulsionados pelo joaquinismo do “mundo melhor e mais justo.”
ü  A tradição herética popular junto aos hussitas usam os recursos disponíveis para a I revolução anti-feudal.
ü  Tentativas de barrar os movimentos de uniformidade entre os homens; a “ordem social” era agora combatida
ü  O joaquinismo profético agora minava a estrutura dos três estados no qual a Igreja se apoiava para manter sua posição e influência.
ü  Ingleses e alemães perdem a confiança nesta estrutura do desígnio divino que está então preestabelecido.
ü  A História Universal Cristã da espaço a crônicas laicas, cavaleirescas ou crônicas reais, abandonando o latim e adotando as línguas e/ou falas populares.
ü  Tais crônicas com motivos antropocêntricos e laicos dão as formas das tendências identificadas como humanistas.
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ü  O pensamento político da sociedade democrática as voltas com o comercio, conta com acontecimentos de caráter cultural como; Dante e sua perspectiva política, Giotto e sua arte inovadora com jogos de claro escuro.
ü  Após crise do século XIV temos a intervenção reflexiva dos humanistas florentinos, e aqui o marco do processo capitalista.


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