quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Modelo de Fichamento de Introdução aos Estudos Históricos 1

UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Discente: Wilson Oliveira Badaró
Cachoeira, Bahia segunda-feira 19/04/2010

CARDOSO, Ciro. Será a história uma ciência? in: Uma Introdução à História. 6ª Edição. Ed. Brasiliense, 1986.



Fichamento de História - Será a História uma ciência?


Página
Fichamento
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Ø  Segundo o neopositivista Karl Popper, só nas ciências formais é possível provar-se com certeza integral algo, sendo que acordando com este ponto de vista as ciências factuais se opõem as formais, pois, as formais são passíveis de refutação e as factuais não.
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Ø  Patterson diz que a teoria da evolução é História, pois, é processo único que não se repete ou reproduz, assim sendo não se pode verificar ou comprovar.
Ø  A teoria da evolução nem é ciência, nem é não ciência como a História, sendo que esta ultima nem é e nem nunca será ciência segundo Patterson.
Ø  O marxismo intervém pela Historia como uma ciência.
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Ø  O marxismo parte das ciências sociais para encontrar analogias entre as ciências naturais e a História.
Ø  Separação entre realidade histórica e a interpretação.
Ø  A lei marxista junto à economia e a sociologia devem tornar a História em ciência.
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Ø  A história, diferente da sociologia que dispõe de leis, é irreproduzível. A História é idiográfica.
Ø  A História não pode garantir suas fontes, porque não é ciência e busca seu conhecimento no indivíduo. (Granger)
Ø  História científica em partes, caótica em sua totalidade segundo Veyne.
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Ø  O historiador não distingue a porção cientifica realmente válida do resto desnecessário.
Ø  Aqui segundo Bloch, Granger, Jaeglé, Roubaud e Patterson torna-se evidente a postura contrária das diversas correntes científicas quanto a História científica.
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Ø  Não há barreiras para a História tornar-se ciência, pois, este processo está em curso.
Ø  Segundo Vilar a História é uma ciência em construção.
Ø  As diferentes formas de obtenção do conhecimento e seus métodos.
Ø  A verdade como base do conhecimento científico.
Ø  Para milhões, Deus também é verdade.
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Ø  Critérios não científicos de atestar a verdade.
Ø  A ciência não usa os critérios supramencionados. Ela prova sua objetividade com experiências e comparações.
Ø  A ciência é falível.
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Ø  Mesmo com todas as suas etapas de confirmação, as soluções expostas foram heterogêneas.
Ø  A problemática do conhecimento científico situa-se em suas divergências entre o prático experimental e o teórico.
Ø  A filosofia da ciência peca ao tentar unificar teoria e experimento ou ainda sobrepujar um sobre o outro.
Ø  A ciência em duas fases; a falível e a verdadeira, mas, mutável.
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Ø  A ciência indutiva de Bacon e a dedutível de Descartes.
Ø  Descartes afirma; que só a indução dissimula, mas, a indução junto à dedução funciona.
Ø  A dedução racional explica e complementa a indução. Afirma ainda a viabilidade da lógica das probabilidades.
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Ø  A intuição teórico-criativa não é subordinada à experiência.
Ø  J. Locke diz que a ciência só se faz com experiências intuitivas. A intuição é a base da ciência, pois, provam a razão.
Ø  O desenvolvimento da ciência barrado pela inflexibilidade da filosofia da ciência que refutava o valor das hipóteses e probabilidades.
Ø  Desenvolvimento da teoria e experimento com base nas probabilidades estatísticas.
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Ø  A comparação do modelo ante os fatos observados geram melhorias nos resultados finais.
Ø  Dados antigos dispõem de certa veracidade, e não são expurgados da ciência, mas, absorvidos e incluídos nas novas descobertas.
Ø  Tanto o objeto global do conhecimento, como suas ramificações são infinitos, logo o conhecimento per se e suas parciais também são infindáveis quando inerentes a estes objetos.
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Ø  Não há sentido em buscar a verdade cientifica definitiva desde a segunda metade do século XIX.
Ø  As características parciais, da realidade, verdade, teorias e descobertas levam a ciência ao neopositivismo.
Ø  Dados empíricos como base do conhecimento apoiados na validade da teoria.
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Ø  O neopositivismo tenciona ser a filosofia da nova ciência atribuindo a tudo feito no passado o titulo de metafísico, radicalizando o uso do empirismo. Não sendo comprovado empiricamente, torna-se “metafísica estéril.”
Ø  Trocam-se a busca por leis pela busca das teorias cientificas, através da indução, ou por vezes a revés, invalidado a indução.
Ø  A ciência e a filosofia das ciências (A. Comte)
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Ø  A filosofia dentro da ciência perde seu caráter pedagógico e torna-se metafísica.
Ø  O conhecimento científico, como dado, não dispõe de características filosóficas, mas, sua pesquisa sim.
Ø  Mario Bunge diz; “A mera noção dos fatos e suas adequações oriundas do trabalho cientifico confirma que eles existem objetivamente, e que só verdades formais independem deles.” E aqui seguem mais quatro citações acerca da postura oposta das afirmações de Mario Bunge quanto à corrente filosófica que afirma que os objetos reais independem do sujeito cognoscente.
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Ø  Seguindo as citações de Mario Bunge aqui temos mais cinco citações inerentes ao assunto supramencionado.
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Ø  O Ontológico; afirma a determinação das coisas e acontecimentos epistemológicos; possibilidade de conhecer os fatos e seus esquemas sendo o primeiro dito pelos neopositivistas como metafísico.
Ø  O determinismo ontológico advém da física newtoniana, refutado pela física quântica com efeito após 1930.
Ø  Nota-se porem, que o determinismo ontológico esta inserido na ciência quando a pesquisa está condicionada à busca e ampliação de leis limitadas às leis da lógica.
Ø  De acordo com o marxismo, a criação da ciência leva à idéia de submissão da teoria ao empírico e/ou a revés, bem como a separação do conhecimento científico dos meios de atividade e saber humanos.
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Ø  O conhecimento científico como parte da atividade humana em âmbito social e histórico.
Ø  O conhecimento surge através da transformação do homem e seu meio, através da labuta, sendo impossível considerar a ciência sem também avaliar as condições histórico-sociais de dada época e suas relações.
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Ø  De acordo com as correntes do conhecimento científico e metodológico, os marxistas associam os métodos opostos do social e do natural evitando assim embates infrutíferos e pouco embasados.
Ø  O neopositivismo e o positivismo negam a separação epistemo-metodológica entre ciências naturais e sociais, afirmando que toda tem uma estratégia em comum.
Ø  O neopositivismo afirma que o sujeito gera conhecimento, contrariando o positivismo.
Ø  Sem qualquer metafísica, no marxismo a essência da mesma se concretiza.
Ø  O neopositivismo vê o resumo cientifico como manipulação das experiências.
Ø  A essência do objeto depende da lei de existência do mesmo.
Ø  Conotação fixa da natureza da ciência excluindo a Lógica e a Matemática; A ciência é o conhecimento das leis da natureza e sociedades tornando-os mais inteligíveis.
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Ø  O método científico em duas partes; teórico e empírico; seu sujeito não é individual, mas, coletivo; é independente na sociedade; é falível, não almeja a incontestabilidade, mas, tenciona alcançar sua totalidade.
Ø  História, múltiplos significados possuindo três conotações centrais.
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Ø  História – conjunto de fatos político-sociais ocorridos em determinada área.
Ø  História – disciplina que tem por objeto o anterior, sendo historiadores os seus especialistas.
Ø  História – conjunto de obras destes especialistas.
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Ø  História – disciplina que se ocupa do passado basicamente. Destacar fatos relevantes com interesse social. E ainda estudo científico das sociedades no tempo. Eis aqui outras descrições atribuídas à História.
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Ø  A idéia de um método para a História começa na antiguidade Greco-romana.
Ø  Devido ao humanismo, a renascença e a reforma surge a necessidade de tornar a História uma ciência detalhando e verificando de forma mais minuciosa seus fatos, textos e documentos.
Ø  Gerando uma interpretação mais critica dos textos sagrados.
Ø  Textos, dados e fatos de procedência duvidosa são refutados.
Ø  O fato dos protestantes questionarem a validade dogmática dos católicos e dos próprios católicos gerarem uma critica à doutrina católica levam a História a progredir.
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Ø  Documentos da alta idade média perdem a credibilidade.
Ø  Ordens posteriores a jesuítica viam uma ameaça na critica avançada de Joseph Bolland.
Ø  Em 1681 Dom Mabillon expõe a possibilidade de provar a legalidade documental usando indícios materiais dando mais uma ferramenta para o avanço da História.
Ø  O século XVII atrasa as concepções da História. Já o século XVIII se mostrou favorável ao desenvolvimento das concepções da História, mas, a História ainda era voltada ao relato de fatos mais explanatórios.
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Ø  No século XIX a História passa a por um interessante meio de desenvolvimento no qual a filologia, a arqueologia auxiliam junto a outras ciências o campo da História antiga e medieval.
Ø  A aparição de escolas de História apoiadas em grandes nomes, e por fim o materialismo histórico proposto por Marx e Engels também reforçam.
Ø  Pesquisa intelectual em formato monográfico acerca de fatos exclusivos, contrários as leis.
Ø  Historiadores acadêmicos resistentes ao Marxismo. “Resumo da História.” Estes Historiadores contrariavam o brilho da História do século XVIII.
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Ø  A. Comte; três fases do pensamento humano; teológico, metafísico e positivo.
Ø  A lei da imaginação subordinada pela observação.
Ø  Lei enciclopédica.
Ø  O estado positivo prima as leis que expliquem os fenômenos e sua ocorrência.
Ø  O que não pode ser teorizado não pode ser compreendido.
Ø  Só temos idéia real dos fatos em estado de fenômeno e nada é possível conhecer em sua essência.
Ø  Empirismo; atividades das essências; estabelecer fatos, explicação mediante as leis,
Ø  Ciências. Seis campos independentes de pesquisa. Fundados no conhecimento das leis da categoria precedente e que seja fundamento da categoria seguinte.
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Ø  O valor das leis positivas à História implica na afirmação dos fatos através da crítica erudita (principal ofício), daí o pessimismo quanto à resolubilidade dos fatos, pois, os mesmos eram vistos como matéria prima da sociologia.
Ø  A mescla da História com a sociologia, aceita pela maioria dos historiadores positivistas.
Ø  Devido às restrições das leis positivas seria difícil seria difícil aplicar-las a uma disciplina que foca seu objeto em fatos irrepetíveis. Daí a História não ser incluída na lista de Comte que pressupunha os fenômenos histórico-culturais como furtivo e oriundo dos homens.
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Ø  Os historiadores positivistas viam uma existência real nos fatos históricos.
Ø  Os neokantianos dizem que há oposição irrevogável entre namomética e não namomética.
Ø  A natureza e ciências positivas se opõem a cultura e as ciências sociais.
Ø  Os “historicistas” viam os fatos como irreais, exteriores aos sujeitos, em suma subjetivos.
Ø  Métodos intuitivos e concepção subjetiva barram o desenvolvimento da História como ciência.
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Ø  Com a crítica interna e externa positivista para a seleção de factual ainda se nota a tendência da interpretação particular do interprete.
Ø  Surge o primeiro manual de introdução aos estudos históricos.
Ø  Apesar da predominância positivista percebe-se a resistência de alguns historiadores que usavam a comparação para tentar fixar regularidades aos fatos históricos. Estes julgavam o método comparativo o acesso da História para se tornar ciência, trocando a descrição convencional por explicações metódicas e comparativas.
Ø  Outros criticavam o método das comparações e defendiam sua síntese global.
Ø  Neste século duas correntes se incumbem de tornar a História uma ciência, os annales e os marxistas.
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Ø  A sociedade muda constantemente e suas leis próprias são inteligíveis e passiveis de analise do passado junto à sua trajetória de transformações. Mesmo que efêmeras e tais condições devem ser aplicadas em um só ato de investigação.
Ø  O método é considerado por alguns historiadores como muito como muito importante pela característica dualista. Contudo, difícil, pois, não pender a um dos lados.
Ø  O marxismo caracterizado pela observância das leis estatísticas e repetíveis das nações em âmbito histórico-social e extraindo do âmago de seu método fatores que possam ser tidos como metafísicos.
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Ø  Para os marxistas historia natural e social são interligados e parte da mesma realidade.
Ø  Para o marxismo a contradição esta situada entre o homem e a natureza e a força produtiva serve como resolução. A relação desta força com a relação de produção é a base da economia.
Ø  O materialismo histórico ante seu objeto. O homem cognoscente.
Ø  A vontade de um não é a vontade de todos, por isto a analogia com a natureza.
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Ø  As lutas sociais são independentes das determinações, são frutos dos fatos anteriores e não podem simplesmente tornar-se atos da vontade aleatória, pois, se dá em momento oportuno, mas, impregnado de limites.
Ø  Os annales reinavam na ideologia História científica com as seguintes regras.
Ø  1) Mudança da interpretação para a problematização com exposição hipotética.
Ø   2) Reforçar a tendência científica.
Ø   3) Multidisciplinaridade com absorção de itens de outras ciências para seu incremento.
Ø  4) Resumo dos aspectos sociais.
Ø  5) Ênfase das questões biográficas.
Ø  6) variação das fontes constitutivas.
Ø  7) Uso da temporalidade variada.
Ø  8) Valorizar a conexão presente/passado para compreensão da História.

Ø  Analogias entre marxistas e annales;
Ø  1) Resumo integral e explicativo acerca das relações e peculiaridades dos níveis sociais.
Ø  2) A concepção de um sujeito, não reflete a realidade de sua época.
Ø  3) Respeito às eras históricas.
Ø  4) Importância da base econômica. (Quesito não unânime)
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Ø  5) Aumentar os laços com outras ciências sociais.
Ø  6) Pesquisas conceituadas com causas presentes.
Ø  Contraposição a Veyne – É possível explicar certos fatos históricos, mas, isto implicaria numa necessidade de absorção de fatos irrelevantes que impediriam a seleção adequada dos mesmos.
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Ø  De acordo com Carr a seleção de fatos e parte do cotidiano do historiador, e feito de acordo com a relevância dos fatos dentre um sem numero de documentos e é imprescindível sua interpretação.
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Ø  Todo fato é único, até mesmo os fenômenos.
Ø  Não se pode afirmar que fatos históricos são únicos, pois, implicaria em uma única sociedade humana.
Ø  O embargo da Física à História é uma mera especulação filosófica.
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Ø  O particular é o principal empecilho para a História tornar-se ciência.
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Ø  A generalização científica da História pode facilitar o seu estudo.
Ø  A História, uma ciência em construção.

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